
A obrigação legal de reajustar o valor pago referente ao piso salarial dos professores em 2025 fez o governo de Minas cometer "uma gafe" na mensagem em que enviou o projeto de lei do orçamento de 2025. Segundo o SindUTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), para o governador Romeu Zema, o reajuste de 4,59% seria um dos motivos para um eventual déficit orçamentário. Segundo o Governo, a cada 1% acima do valor estipulado, aumentará a despesa relacionada ao Piso em R$ 219,7 milhões por ano.
Segundo ainda a direção do sindicato, enquanto Zema culpa os professores pelo aumento das despesas do Governo, ele não cita o aumento no orçamento para o setor de infraestrutura (149,86%) em R$ 1,372 bilhão, aumento na gestão da dívida pública (18,46%) em R$ 1,178 bilhão; na PMMG (6,02%) em R$ 844,745 milhões, na Secretaria de Governo (95,80%) em R$ 843,062 milhões e aumento no TJMG (8,21%) em R$ 777,953 milhões.
Ela destaca ainda o que considera um conceito retrógrado de gestão pública ao considerar "gastos"aquilo que é investimento fundamental no desenvolvimento de um povo como a destinação de recursos às políticas públicas de saúde, educação e fomento à pesquisa. "É um tipo de abordagem nada progressista, que busca colocar tais investimentos como vilões de um orçamento que não prioriza o desenvolvimento humano, intelectual e científico do povo de Minas Gerais", afirmou a dirigente Marcelle Amador.
O texto enviado à ALMG estima as receitas em R$ 126,661 bilhões, enquanto as despesas foram fixadas em R$ 133,818 bilhões. Assim, a previsão das receitas apresentou crescimento de mais de R$ 12 bilhões e das despesas de cerca de R$ 11 bilhões.