
A recente onda de demissões de professores contratados da rede municipal de ensino foi duramente criticada pelo Sindi-UTE/MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais). Segundo a entidade que denunciou o fato nesta terça-feira, 27, ainda não é possível saber o número exato de dispensas, uma vez que as comunicações estão sendo realizadas via telegrama. O sindicato, entretanto afirmou que não se trata de casos isolados e os mesmos atingem várias escolas.
A diretora da subsede de Ipatinga, Cintia Rodrigues, afirmou que as demissões ocorrem num momento de falta de profissionais em diversos cargos nas escolas e que o governo não apresentou nenhuma justificativa formal para as demissões.
Em levantamento realizado em maio, o Sind-UTE identificou - segundo seu próprio levantamento - um quadro de defasagem de 114 assistentes de educação, 36 professores e 30 auxiliares de serviços gerais (limpeza/cozinha) e que o número final pode ser ainda maior. Conforme dados do Sindicato, atualmente a Prefeitura conta com 1.949 servidores contratados na rede municipal e 1.624 efetivos (concursados).
Cíntia afirmou que as demissões seriam injustas e que impactam as famílias e a própria escola. ?É uma situação que prejudica inúmeras famílias, cujos contratos são interrompidos inesperadamente e de forma abrupta, além de deteriorar a qualidade do ensino, acarretando sobrecarga de trabalho e prejuízo ao processo de aprendizagem dos estudantes?, disse, alertando que são graves as consequências das demissões, já que afetam professores e auxiliares.