Morreu na madrugada de hoje (14 de julho), em Nova Lima, o ex-presidente (2016-2022) e atual vice de assuntos estratégicos da Usiminas, Sérgio Leite de Andrade. Ele tinha 72 anos e segundo informações da Polícia Militar, foi encontrado morto durante a madrugada por familiares em sua casa, localizada no luxuoso condomínio Vila Serra. A família e a empresa ainda não divulgaram detalhes do velório.
Sérgio, que era engenheiro e mestre em metalurgia, ingressou na Usiminas em 1976, atuava ainda como membro do Conselho de Administração da empresa. Ao longo de toda sua de quase meio século, ele atuou em diversas funções e cargos, tendo ocupado o posto mais alto da siderúrgica por dois períodos. Também ocupou cargos importantes em entidades como a Associação Brasileira de Controle da Qualidade (ABCQ); Instituto Aço Brasil, Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais (ABM), e Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Comitê de Tecnologia do International Iron and Steel Institute (IISI) e Sociedade Mineira de Engenheiros.
Com mais de 60 trabalhos técnicos publicados em congressos no Brasil e no exterior, e experiência em docência em universidades do país, proferiu mais de 100 palestras em diversos eventos, abordando temas nas áreas de Metalurgia, Qualidade, Liderança, Ética, Pesquisa e Desenvolvimento, Administração, Marketing, Comércio Internacional, Siderurgia, etc. (1986 a 2017), conforme informações da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Certa vez, durante uma dessas palestras, em evento no Vale do Aço, disse uma frase emblemática - "para sobreviver no mundo corporativo é preciso saber engolir muitos sapos." Nesta época, a Usiminas passava por inúmeras disputas internas, após a saída da presidência de Rinaldo Campos Soares e Sérgio Leite, que já ocupava um cargo executivo e tinha seu nome cotado para cargos na diretoria, era vítima de perseguições por pessoas ligadas à Campos Soares. No entanto, ele 'sobreviveu' a esses embates e alcançou a presidência, já na segunda década deste século.
O atual presidente da Usiminas, Marcelo Chara, que trabalhou com ele desde 2012, declarou: "Sergio deixa um legado de compromisso, competência e uma total dedicação às pessoas da Usiminas e às comunidades onde atuou, começando por Ipatinga, em Minas Gerais. Agradeço imensamente por tudo que aprendi com ele."